Especialista alerta sobre sintomas iniciais do terceiro câncer ginecológico mais comum entre as brasileiras
O câncer de ovário é um tumor maligno de desenvolvimento silencioso que acomete os ovários e pode se espalhar para toda a cavidade abdominal, sendo na maioria dos casos diagnosticado em fase avançada. No Brasil, em 2020, foram registrados 6.650 novos casos, representando 3% das neoplasias detectadas em mulheres.
Esse é o terceiro câncer ginecológico mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero e do endométrio. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o triênio 2023-2025, são esperados aproximadamente 7.310 novos casos por ano no país, o que corresponde a uma taxa de incidência de 6,62 casos a cada 100 mil mulheres.
A Dra. Geórgia Fiuza, oncologista clínica do Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO), alerta que: “os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, incluindo inchaço ou distensão abdominal, dor ou desconforto abdominal persistente, náuseas ou vômitos, alterações no hábito intestinal ou urinárias e perda de peso inexplicável”.
A doença é mais prevalente após os 50 anos e tem como fatores de risco a obesidade, a menarca precoce (início da menstruação antes dos 12 anos), a menopausa tardia (após os 52 anos), o uso de terapia de reposição hormonal prolongada, especialmente com estrogênio isolado. “É importante destacar que o histórico familiar de câncer no ovário, colorretal, mama e endométrio, podem estar relacionados com mutações genéticas, o que ocorre em cerca de 20 a 25% dos casos de câncer de ovário”, explica a profissional.
Para a oncologista, é muito importante prestar atenção aos sinais do corpo e buscar por avaliação médica diante de sintomas persistentes. “Embora não existam métodos de rastreamento eficazes para o câncer de ovário, a detecção precoce pode melhorar significativamente o prognóstico”, ressalta Dra. Geórgia.
O tratamento do câncer de ovário geralmente envolve cirurgia para remoção do tumor seguido de quimioterapia. “Em casos avançados, a quimioterapia pode vir antes da cirurgia. O acompanhamento multidisciplinar é essencial para oferecer suporte nutricional e emocional às pacientes”, conclui a especialista.
Sobre o CRIO
O Centro Regional Integrado de Oncologia – CRIO é considerado um dos maiores e mais bem equipados centros de tratamento de câncer no Norte-Nordeste. Habilitado pelo Ministério da Saúde como uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o CRIO disponibiliza ambulatórios de consultas clínicas e prevenção, serviços de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia, imagem, leitos hospitalares, intervenções cirúrgicas e UTIs para pacientes de convênios, particulares e provenientes do Sistema Único de Saúde- SUS.
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