Um projeto que pode ajudar muita gente a mudar de vida. Assim é a iniciativa do projeto Vozes da Liberdade, que tem à frente o Grupo Mulheres do Brasil. Está sendo assim, por exemplo, com a Carliane Lima, de 28 anos. Egressa do sistema prisional desde 2017, ela encontrou no projeto um motivo para recomeçar.
“Segurou na minha mão. Uma oportunidade única. O projeto acreditou na gente, acreditou que podíamos, nós pudemos e fizemos. É difícil voltar, pois faltam oportunidades. Há julgamento da sociedade, mas aqui, não. Todos somos iguais. Ninguém apontou nossos erros. Erramos e aprendemos. Para o meu futuro vejo grandes conquistas. Quero ser uma grande pintora”, disse ela. Carliane Lima foi uma das 15 pessoas que foram certificadas pelo projeto na última semana, que está, atualmente, na sexta turma.
São muitas etapas. Na primeira, trabalhamos o pessoal, educação para paz, ciclos de construção de paz, educação para direitos, capacitação técnica com artesanato ou pintura, empregabilidade, empreendedorismo, mídias sociais. Ensinamos na construção de peças, compramos e buscamos no mercado ocupação para elas”, explicou a coordenadora do Vozes da Liberdade, Cleide Maria da Pontes.
O projeto Vozes da Liberdade tem como foco a contribuição financeira para as mulheres e a orientação para o empreendedorismo. A iniciativa funciona assim: as participantes se dividam em grupos de cinco pessoas. Cada uma recebe um empréstimo de R$ 2 mil para custos e orientação sobre Gestão Financeira, práticas socioemocionais e aprimoramento técnico. A iniciativa é financiada pelo Fundo Dona de Mim, iniciativa que apoia empreendedoras individuais que foram impactadas pela pandemia do novo coronavírus.
O projeto tem à frente Anette de Castro, Aline Miranda, Ethel Whitehurst e Vera Lima; a presidente do Fundo Dona de Mim, Sônia Hess, além de instituições parceiras que apoiam a execução do Projeto Vozes da Liberdade e líderes dos comitês do Grupo.