Em 25 de julho, celebramos duas datas marcantes na medicina reprodutiva: o aniversário de 46 anos de Louise Brown, o primeiro bebê concebido por fertilização in vitro (FIV), e o Dia do Embriologista.
O nascimento de Louise Brown em 25 de julho de 1978 revolucionou a medicina reprodutiva, oferecendo esperança a milhões de casais com dificuldades para conceber. Desde então, os avanços na Fertilização in Vitro (FIV) e outras técnicas aumentaram significativamente a procura por congelamento de embriões e as taxas de sucesso de gravidez, permitindo que pessoas solteiras e casais homoafetivos realizassem o sonho da parentalidade.
Em relatório divulgado em dezembro de 2022, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o número de embriões congelados teve um aumento de 255% no Brasil nos últimos 10 anos. Ainda segundo a pesquisa, em números totais, os congelamentos saltaram de 32.181 para 114.372.
Já a taxa de sucesso desses procedimentos pode chegar até 80% ao fim de 3 tentativas. Vale ressaltar que estes números podem aumentar, em caso de investigação prévia sobre o estilo de vida, acompanhamento com um médico especialista e exames complementares.
Atualmente, técnicas de fertilização in vitro são caras, além de desafios éticos relacionados ao exercício da profissão.
“Os desafios para a reprodução assistida nos próximos anos são numerosos. O custo elevado dos tratamentos ainda é uma barreira significativa. É essencial que políticas públicas sejam implementadas para subsidiar esses procedimentos, tornando-os acessíveis para uma parcela maior da população. Outro obstáculo é a regulamentação e a ética na medicina reprodutiva. À medida que as técnicas se tornam mais sofisticadas, questões éticas complexas emergem, como a edição genética de embriões, a escolha de características dos futuros filhos e os direitos dos embriões congelados”, explica o médico especialista em reprodução assistida, Marcelo Cavalcante.