A jornalista Fernanda Gentil compartilhou em suas redes sociais que ao se olhar no espelho percebeu que estava com os movimentos do lado esquerdo do rosto sem movimento. Ela contou que, logo que percebeu a paralisia, buscou atendimento médico que descartou Acidente Vascular Cerebral (AVC) e diagnosticou o problemas como Paralisia de Bell, que se caracteriza por fraqueza muscular que desfigura metade do rosto.
Um dos principais tratamentos é a fisioterapia. O fisioterapeuta e professor do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Fernando da Silva Oliveira, explica como o tratamento fisioterapêutico ajuda nesse tipo de situação. “Como podemos estar lidando com uma paralisia ou enfraquecimento da musculatura facial, precisamos avaliar todas as disfunções adquiridas. Esses pacientes necessitam de uma atenção fisioterapêutica, como também de um acompanhamento por outros profissionais de saúde, como, por exemplo, o fonoaudiólogo”, explica o profissional.
Segundo Fernando, a fisioterapia nesses casos serve para trabalhar as disfunções motoras adquiridas na face, ajudando a recuperar a sensibilidade e os movimentos. “Parte dos pacientes, por exemplo, perdem a capacidade de contrair o músculo orbicular do olho ou não conseguem fechar por completo a pálpebra do olho, causando ressecamento. Nesses casos, podem ser realizados exercícios terapêuticos de reabilitação ou, em alguns casos, o profissional pode aplicar recursos tecnológicos no tratamento. Existem estudos apontando melhora nos quadros de Paralisia de Bell com aplicação de laserterapia de baixa potência”, explica.
Baixa imunidade e estresse
As principais causas apontadas pelos especialistas para o surgimento do problema são a baixa imunidade e o estresse, fatores citados pela jornalista Fernanda Gentil ao relatar o caso. A psicóloga e coordenadora do curso de psicologia da Wyden, Rosemar Vasconcelos, alerta: “O estresse é um elemento característico do mundo natural que ocorre em quase todos os sistemas biológicos. É, de fato, uma das maiores adversidades da vida moderna”, afirma.
A psicóloga reforça que os esforços relacionados ao trabalho, às pressões sociais e à correria do dia a dia podem fazer com que a situação piore e os níveis de estresse fiquem insustentáveis. Whallassy Oliveira também fez esse destaque após passar pelo tratamento por causa da Paralisia de Bell: “A causa foi acúmulo de estresse e imunidade baixa. Desde então, tenho tentado controlar a ansiedade e os gatilhos que levaram à paralisia”, reforça.
Buscar qualidade de vida e saúde mental também ajudam a prevenir. “Fique atento aos seus exames e suas taxas de hormônios, de vitaminas. Muita atenção também para o estilo de vida e quantidade de tempo que você dedica ao seu trabalho. Seja menos exigente e autocrítico. Não incorra no perfeccionismo. O importante é que as nossas energias possam ser bem aproveitadas em tudo que nos dá satisfação”, conclui a psicóloga.