Dirigir com o tanque de combustível na reserva é um hábito comum entre muitos motoristas, mas que pode trazer consequências graves para o veículo. O assessor de assuntos econômicos do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos-CE), Antônio José Costa, explica que essa prática pode causar sérios problemas tanto para o automóvel quanto para a segurança dos ocupantes.

Conforme Antônio José, um dos principais riscos de andar com o tanque quase vazio é o possível acúmulo de impurezas no fundo do reservatório. “Essas partículas podem ser sugadas pela bomba de combustível e acabar entupindo o filtro ou até danificando outros componentes do sistema, resultando em manutenções caras e indesejadas”, ressalta. 

Outro ponto destacado é o impacto na bomba de combustível. “Esse componente, que depende do combustível para se manter refrigerado, pode superaquecer e falhar se o nível estiver constantemente baixo, encurtando sua vida útil e exigindo uma substituição precoce”, destaca.

Além dos danos mecânicos, o especialista alerta para os riscos à segurança. “Um tanque na reserva limita a autonomia do veículo, aumentando a chance de o motorista ficar parado em locais perigosos, como rodovias movimentadas ou áreas de pouco movimento, comprometendo a segurança dos ocupantes”, complementa.

Antônio José reforça que o ideal é abastecer o veículo antes que o marcador chegue à reserva, garantindo assim o bom funcionamento do motor e a segurança de todos. “Andar com o tanque sempre em um nível seguro é uma questão de cuidado com o próprio veículo e de responsabilidade no trânsito”, conclui.

By João Pedro Silva

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