No primeiro turno, vivenciamos um momento crucial para a democracia em Fortaleza. Com 100% das seções totalizadas, ficou evidente que a disputa pela Prefeitura da nossa cidade será definida em segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro. Os candidatos André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) avançaram, com Fernandes recebendo 562.305 votos, representando 40,20% dos votos válidos, e Leitão com 480.174 votos, equivalendo a 34,33%.
É fundamental refletirmos sobre o cenário que se apresenta. A eleição teve um total de 1.397.526 votos válidos, além de 39.328 votos em branco (2,63%) e 57.003 nulos (3,81%). O comparecimento às urnas foi de 1.495.062 eleitores, representando 84,48% do eleitorado, enquanto as abstenções atingiram 274.619 pessoas, correspondendo a 15,52%. Esses números demonstram que muitas pessoas não votaram, revelando a importância de estimularmos maior engajamento, para que cada voz seja ouvida no segundo turno.
Neste contexto, destacamos a participação da Associação de Defensoras e Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC) na Missão de Observação Eleitoral Nacional. Nossa equipe acompanhou a votação em diversas seções eleitorais, incluindo o centro socioeducativo, onde coletamos os votos dos adolescentes internos. Essa iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para garantir a transparência e a integridade do processo eleitoral no Brasil.
Coordenada pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), a missão conta com a participação de mais de 7.000 defensores públicos de 19 estados, atuando durante as eleições municipais de 2024. O trabalho da ADPEC e de suas contrapartes visa promover a participação democrática e assegurar os direitos de todos, sobretudo de grupos vulneráveis, em consonância com os princípios do sistema eleitoral brasileiro.
A participação de todos os eleitores é essencial para garantirmos que a escolha do futuro prefeito reflita verdadeiramente os anseios da população. O segundo turno é uma oportunidade ímpar para aqueles que, por qualquer razão, não puderam votar no primeiro, assim como para os que desejam reavaliar suas opções diante de um cenário político desafiador como o atual.
A democracia é fortalecida quando todos participam. O voto é não apenas um direito, mas um dever cívico que nos permite moldar o futuro da nossa cidade para cada um de nós. O segundo turno nos dá a chance de escolher com mais clareza, de ponderar sobre as trajetórias políticas, experiências de vida e compromissos dos candidatos.