Quem nunca coçou ou esfregou os olhos em busca de alívio? Apesar de parecer inofensivo, esse ato pode desencadear problemas graves, como a ceratocone, que compromete a estrutura córnea, quebrando mecanicamente suas estruturas e deixando-a fina em formato de cone.
A ceratocone é uma doença não inflamatória, e é mais comum do que se imagina, afetando uma em cada duas mil pessoas, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Ela costuma surgir entre os 13 a 18 anos e tende a se estabilizar aos 35. Além disso, é comum estar associada à síndrome de Down, síndrome de Turner, síndrome de Marfan, dentre outras.
Inicialmente pode ser assintomática, mas quando presente, os principais sinais e sintomas são o aumento de grau, visão embaçada, dupla ou distorcida, fotofobia ou comprometimento da visão noturna. A ceratocone costuma surgir na infância, na adolescência ou no início da vida adulta, e pode progredir por 30 anos. Cerca de 1% a 5% da população possui defeitos em um gene que desencadeiam para a ceratocone.
“Alguns hábitos simples podem evitar o desenvolvimento dessa doença, por isso a importância de campanhas como a do Junho Violeta, que ajudam a conscientizar a população a evitar manipular excessivamente os olhos e buscar orientação oftalmológica regularmente”, explica o especialista Dr. Giuliano Veras.
Dependendo do estágio, os sintomas podem ser tratados com óculos, lentes de contato gelatinosas tóricas, lentes rígidas ou esclerais. Em casos mais avançados, pode ser necessária a realização de cirurgias como o implante de anéis intracorneanos ou até mesmo um transplante de córnea.
Sobre o Dr. Giuliano Veras
Médico oftalmologista e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Dr. Giuliano Veras conta com mais de 18 anos de experiência. Formado pela Universidade Federal da Paraíba, Giuliano também fez Residência Médica na Fundação Altino Ventura/Hope e na Fundação Leiria de Andrade, além de treinamento especializado no Hospital Oftalmológico de Sorocaba. Ele também é Membro da Sociedade Cearense de Oftalmologia e da Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa, sendo também Chefe da Equipe de Transplante do Centro Cearense de Oftalmologia (CCO/CLDO).