Já se passaram 25 anos desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, Suíça, chamou a atenção para a epidemia de obesidade, definindo sobrepeso os indivíduos com índice de massa corporal (IMC) entre 25 e <30 kg/m², e considerando como obesos aqueles com IMC ≥30 kg/m².
Segundo a OMS, em 2016, 1,3 milhão de adultos apresentavam excesso de peso em todo o mundo. No período entre 1975 e 2016, o número de adultos com obesidade aumentou mais de seis vezes, passando de 100 milhões (1975) para 671 milhões (2016).
Especialmente preocupante tem sido a crescente prevalência global de sobrepeso e obesidade entre os jovens. De 0,7% em 1975, esse índice subiu para 5,6% em 2016 entre meninas de 5 a 19 anos, enquanto, entre os meninos, passou de 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Ao longo de 40 anos (1975-2016), o número de meninas com obesidade aumentou 10 vezes e entre os meninos o aumento foi de 12 vezes.
Atualmente os dados são ainda mais preocupantes. Segundo pesquisa publicada em 29 de fevereiro de 2024 no Lancet, em 2022 mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo viviam com obesidade. Isso representa cerca de um oitavo da população global. Para efeito de comparação, em 2016 quase 700 milhões de pessoas (como citado acima) eram obesas, em apenas 7 anos este número subiu para 1 bilhão um aumento de 42%.
A complexa interação de fatores genéticos, socioeconômicos, comportamentais e nutricionais, como sedentarismo, excesso de exposição a telas (televisão, computador, celular), sono inadequado, baixo consumo de frutas e legumes, alto consumo de bebidas açucaradas, alimentos industrializados ricos em calorias e pobres em nutrientes, álcool e estresse, contribui para a prevalência crescente da obesidade.
É importante reconhecer não apenas os riscos associados, como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer, mas também os hábitos e estilos de vida que podem ser modificados para prevenir e combater esse problema de saúde global. Ao promover a consciência e a educação sobre escolhas alimentares saudáveis, atividade física regular e hábitos de vida equilibrados, podemos avançar na busca por uma população mais saudável e resistente
Escrita por:
Adriana Stavro – Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo
Curso de formação em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard Medical School
Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein
Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Instituto Valéria Pascoal (VP) Pós-graduada EM Fitoterapia pela Courses4U.
Instagram – @adrianastavronutri – Mais informações https://lattes.cnpq.br/